A necessidade de saber como reduzir estrias implica em conhecer a forma pela qual se constituem essas cicatrizes que, por efeito da degradação das fibras de elastina e colágeno, surgem na pele.
Embora as estrias sejam marcas consideradas comuns para muitas mulheres, há algumas pessoas que ainda as consideram um grande inconveniente estético em seus corpos.
Pensando nisso, apresentamos, ao longo deste artigo, as principais informações para ajudar você a saber como amenizar as estrias. Boa leitura!
O que são as estrias?
As estrias são consideradas, desde um ponto de vista dermatológico, depressões lineares que se formam junto às regiões mais propícias aos estiramentos da pele.
Tais marcas tendem a aparecer na coloração arroxeada ou avermelhada. Quando são mais antigas, apresentam um leve enrugamento e tonalidade esbranquiçada.
Por que as estrias surgem?
Conforme mencionado, as estrias aparecem como resultado da degeneração das fibras de elastina, que são responsáveis pela sua elasticidade e sustentação que, apesar de resistentes, não suportam indefinidamente as consequências das lesões lineares.
Onde as estrias surgem?
Elas podem aparecer em quaisquer partes do corpo, contudo, são mais frequentes em regiões que sofrem um constante esticamento da pele, tais como:
- Costas;
- Seios;
- Coxas;
- Glúteos;
- Abdômen;
- Braços.
Como caracterizar as estrias?
Não é complicado notar o aparecimento dessas indesejadas cicatrizes, uma vez que as estrias podem ser facilmente identificadas por meio de elementos característicos como:
- O aparecimento de linhas brancas;
- O surgimento de coceiras;
- A existência de linhas arroxeadas ou avermelhadas em uma ou mais áreas da pele.
Quais são tipos mais comuns?
Na realidade, não há tipos de estrias, mas diferentes estágios, que começam como inflamação, na qual as marcas adquirem a coloração arroxeada ou avermelhada (as chamadas “estrias recentes”).
Após um certo tempo, as estrias cicatrizam e se convertem em linhas brancas (as chamadas “estrias envelhecidas”).
Como as estrias são causadas?
As causas que levam ao surgimento das estrias ainda não foram totalmente esclarecidas, de modo que inexiste um consenso entre os especialistas a esse respeito.
Entretanto, há certos estudos que identificaram hormônios que reduzem os níveis de resistência do colágeno na pele, sobretudo em indivíduos geneticamente predispostos. Isso desencadeia inflamação, o consequente rompimento das fibras colágenas e elásticas e a formação das cicatrizes.
Além dos fatores eminentemente genéticos, as seguintes condições podem favorecer o aparecimento de estrias:
- Implantes mamários;
- Musculação de alta intensidade;
- Perdas ou ganhos rápidos de peso;
- Utilização de corticoides;
- Aceleração do ritmo de crescimento – condição típica da adolescência.
É possível prevenir as estrias?
Sim. As estrias podem ser prevenidas (excluindo, obviamente, as causas genéticas) por meio de alguns cuidados práticos com o corpo. Entre os mais recomendados, destacamos:
- Investir em uma alimentação bem balanceada, incluindo verduras, legumes e frutas;
- Evitar a ingestão excessiva de sal, gorduras e doces;
- Praticar exercícios físicos com regularidade;
- Beber cerca de 2 litros de água todos os dias;
- Manter o organismo sempre bem hidratado (uma boa ideia é consultar o dermatologista e pedir sua ajuda para escolher o dermocosmético hidratante mais adequado para você).
É verdade tudo o que dizem sobre as estrias?
É altamente recomendável desconfiar das coisas que ouvimos por aí e checar as informações antes de aceitá-las como verdade absoluta. Essa necessidade se torna ainda mais premente nos dias atuais, em que há uma profícua disseminação de informações que, nem sempre, possuem lastro na realidade.
Isso é válido, também, em relação às estrias. Certamente, você já ouviu ou leu algumas das seguintes afirmações:
“Todas as grávidas terão estrias!”
As estrias não são inevitáveis, embora seja bastante comum que apareçam algumas estrias durante a gravidez. Sem embargo, neste período a mulher experimenta uma substancial elevação de sua produção hormonal, bem como ganhos de peso e o estiramento da região abdominal.
Porém, é perfeitamente possível prevenir estrias na gravidez com a observância de certos cuidados simples como: manter o corpo hidratado, praticar atividades físicas, beber bastante água e adotar uma dieta equilibrada.
“Usar óleos hidratantes pode impedir o aparecimento de estrias!”
O conceito de hidratação é a chave para incrementar a produção de colágeno e, desse modo, evitar que novas estrias se formem. Uma vez que esses óleos tendem a fornecer uma boa hidratação (seja em forma pura ou na composição de diversos cremes corporais), podem ser usados à vontade.
“Apenas as mulheres têm estrias.”
Os homens, tal como as mulheres, podem ter estrias, ainda que, de fato, apresentem menor predisposição. As marcas tendem a aparecer na área dos braços em indivíduos que malham ou realizam algum tipo de atividade física. Isso ocorre em decorrência da hipertrofia – o aumento da massa muscular do bíceps.
O crescimento estimulado pela malhação tenciona as fibras responsáveis pela elasticidade dessa parte do corpo, provocando as lesões que resultam em estrias.
“As estrias não podem ser curadas.”
Uma vez formadas, elas não desaparecem completamente, contudo mediante a realização de procedimentos clínicos e cuidados diários, você terá como deixá-las imperceptíveis.
Quais são os melhores tratamentos atenuar as estrias?
Os tratamentos, de modo geral, visam renovar a pele e aumentar a produção das fibras de colágeno. Por esse motivo, os resultados são mais eficazes em estrias recentes. Dessa forma, os melhores tratamentos para acabar com as estrias são:
Carboxiterapia
A carboxiterapia é o tratamento realizado por meio da aplicação de dióxido de carbono medicinal, mediante injeções sob a pele, a fim de reduzir a flacidez, a gordura localizada, a celulite e, principalmente, as estrias.
O gás empregado na carboxiterapia funciona aumentando a produção de colágeno, elastina e matriz extracelular.
A entrada do gás causa um ligeiro desconforto devido ao breve descolamento da pele. O incômodo é passageiro e melhora rapidamente, assim como eventuais inchaços no local de aplicação.
Logo, é altamente recomendável principiar as sessões com uma menor quantidade de gás, de modo que o paciente possa ir se acostumando, pouco a pouco, com essa técnica de alta eficácia.
Além de alongar os tecidos e preencher a área com o gás carbônico, estimulando a produção de fibras de colágeno, a carboxiterapia é indicada para:
- Celulite: o tratamento reduz os inchaços e queima as gorduras próprias da celulite, incrementando a circulação no local;
- Flacidez e gordura localizada: a carboxiterapia aprimora a circulação do sangue no local de aplicação, contribuindo para facilitar a queima de gordura;
- Olheiras: o tratamento clareia a pele e reduz os inchaços presentes em volta dos olhos.
Sendo assim, os mais relevantes benefícios desse tratamento são:
- Destruir os nódulos típicos da celulite;
- Estimular a queima de gordura;
- Favorecer a cicatrização de feridas;
- Aprimorar o aspecto e reduzir as dimensões das cicatrizes;
- Acelerar o metabolismo do local;
- Estimular a síntese do colágeno, que dá sustentação à pele;
- Elevar o fluxo de sangue na área.
Para aproveitar esses benefícios, a quantidade necessária de sessões dependerá das prioridades e objetivos dos pacientes e de suas características corporais. Não obstante, esse assunto deve ser discutido com o profissional responsável pelo tratamento, uma vez que cada caso necessitará de planejamento e avaliação.
Em média, são realizadas 10 sessões, 1 vez por semana. É indicado que o tratamento não ultrapasse 20 sessões e que exista intervalo entre os tratamentos de, pelo menos, 6 meses.
Uma dúvida comum se refere à necessidade de repousar após receber a aplicação do gás carbônico. A resposta é não, de modo que os pacientes podem retomar normalmente às suas atividades.
Os resultados obtidos pelo tratamento não são definitivos, por isso, é preciso um acompanhamento posterior e a futura retomada das sessões. Essas especificações serão indicadas pelo médico que se responsabilizará pelo monitoramento das necessidades futuras e dos resultados alcançados.
Contudo, a maioria dos médicos recomenda o retorno após o período de 6 meses a fim de efetuar novas sessões. Vale lembrar que a carboxiterapia, enquanto tratamento auxiliar, pode ser combinada com outras formas de tratamentos estéticos, prática de exercícios físicos e adoção de uma dieta balanceada.
Por fim, lembre-se de procurar profissionais capacitados e devidamente habilitados, informando-se com antecedência sobre o local antes de escolher uma clínica.
Intradermoterapia
A intradermoterapia, também conhecida como mesoterapia, é um tratamento baseado na aplicação dos medicamentos por meio de injeções que podem ser tanto subcutâneas quanto diretamente sobre a pele.
Os medicamentos aplicados são escolhidos pelos biomédicos estetas, segundo a finalidade do tratamento. Essa técnica, originada na França, visa a introdução de altas concentrações de determinadas medicações nos locais de ação.
A intradermoterapia é recomendada, principalmente, para ajudar os pacientes a ter como acabar com as estrias. Além disso, ela tem se mostrado eficiente nos tratamentos de desvitalização da pele do rosto, flacidez, gorduras localizadas e celulite – tanto para mulheres quanto para homens – motivo pelo qual é o tratamento mais indicado pela SBBME (Sociedade Brasileira de Biomedicina Estética).
O biomédico esteta é o profissional que realiza a intradermoterapia, à medida que é habilitado e capacitado por seu respectivo conselho de classe.
A aplicação é realizada a partir da utilização de agulhas curtas e bem finas, que introduzem quantidades pequenas de medicamentos nos tecidos dérmicos e subcutâneo (variando de acordo com os objetivos do tratamento), a fim de que eles ajam nas células dérmicas (tratamento para estrias e flacidez) e nas células de gordura (tratamento para celulite e redução de gorduras localizadas)
A profundidade máxima de perfuração atingida pelas microinjeções é de 4 milímetros, transportando uma solução (mescla) formada por plantas, extratos de enzimas, substratos nutrientes, substâncias eutróficas, medicações lipolíticas, anestésicos, vitaminas e aminoácidos.
Tais elementos aumentam a vasodilatação e elevam a permeabilidade celular – o que favorece a chegada dos materiais.
Os resultados aparecem após a realização de, ao menos, 5 sessões. Isso depende totalmente das substâncias utilizadas, que devem ser rigorosamente selecionadas para cada paciente e cada caso.
Sendo assim, o profissional responsável pelas aplicações (que duram em média 15 minutos) deve ser bem capacitado e treinado em todo o seu rol de conhecimentos. Alguns dos benefícios da intradermoterapia incluem:
- A inexistência de efeitos colaterais;
- Uma excelente opção para o calor do verão, uma vez que o tratamento apresenta efeitos rápidos, graças à aplicação direta dos medicamentos no local a ser tratado. No entanto, como pode deixar hematomas, o recomendado é evitar a exposição solar pelo tempo recomendado pelo profissional;
- A perda de até 10 centímetros de gordura por sessão;
- Auxílio à eliminação de celulites, estrias e flacidez;
- Propicia uma melhor hidratação da pele e a suavização de rugas, tudo dentro de poucas sessões;
- Caso seja feito pelo profissional adequado, isto é, o biomédico esteto, não apresenta riscos à saúde.
Há certos cuidados que devem ser observados tanto antes quanto durante e, até mesmo, após as aplicações. É indicado, por exemplo, que o paciente mantenha a pele limpa e isenta de resíduos de produtos cosméticos, como maquiagens e hidratantes.
A utilização de substâncias anticoagulantes (tais como o ácido acetilsalicílico) deve ser interrompida alguns dias antes do tratamento.
Ao longo do tratamento e após sua finalização, o paciente deve escolher roupas confeccionadas com tecidos mais suaves e leves, como roupas 100% algodão, a fim de evitar atrito com a região que estiver sendo submetida ao tratamento.
Os tecidos em jeans devem ser evitados a todo custo. Caso surjam hematomas, a utilização de gelo pode ajudar a minimizá-los, desde que a área não seja exposta ao sol.
Vale lembrar que o paciente deve evitar, também, se submeter a outros tipos de tratamentos estéticos que incidam sobre a área coberta pela intradermoterapia sem a prévia ciência e consentimento do biomédico esteta que se encarregou do tratamento.
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